Ministra da Igualdade Racial destacou a importância da existência de políticas ambientais que levem em consideração as comunidades tradicionais
O segundo dia de atividades dos Diálogos Amazônicos começou com a mesa "Mulheres pelo bem viver: justiça climática e combate à desigualdade". Na mesa, as ministras Anielle Franco, Marina Silva e Cida Gonçalves falaram sobre o papel das mulheres na promoção da justiça climática e no enfrentamento às desigualdades.
"Quando a gente fala que as mulheres negras, indígenas e quilombolas sustentam a força desse país, a gente não fala da boca pra fora, a gente tá falando com base em dados e pesquisas”, disse a ministra, fazendo referência aos recentes dados do Censo Quilombola, que demonstraram que ⅓ da população quilombola do Brasil está concentrada no Pará.
A ministra da Igualdade Racial falou também sobre a violência que tem como alvos preferenciais as mulheres em diversas realidades no Brasil.
“Somos nós que estamos tombando há muitos anos, e é inadmissível que a gente continue tendo nosso sangue derramado como a gente vê a cada dia em nosso país”.
Anielle se comprometeu, ainda, a fazer diálogos dentro do governo para conseguir fortalecer os programas de bolsa permanência para estudantes quilombolas em todo o Brasil.
Recentemente, o Ministério da Igualdade Racial anunciou o Atlânticas, o programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, voltado para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas para doutorado e pós - doutorado no exterior.
Matéria de Arthur Neto e Adriano Martins e Foto: Isaias Dutra
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