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Foto do escritorgazeta paulista Diretoria

Com Lula em Portugal, ministra da Cultura assina acordo bilateral e participa do Prêmio Camões

Será o segundo tratado internacional de coprodução audiovisual celebrado pelo Minc

Presidente lula Junto com a Ministra Margareth Menezes na depenicas do Itamaraty Foto de Isaias Dutra /Gazeta Paulista

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, integra a comitiva do presidente Lula que viaja para Portugal nesta quinta-feira, 20. Essa é a primeira viagem à Europa neste mandato e marca a retomada da diplomacia presidencial para a região e do intercâmbio cultural com o país. Estão previstas as assinaturas de diversos acordos bilaterais em diferentes áreas. Para a cultura, a ministra deverá assinar um tratado de cooperação para o fomento à coprodução cinematográfica e anunciará o retorno do Brasil ao Programa CPLP Audiovisual.

Outro ponto de destaque da agenda é a entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque. O cantor, compositor e escritor foi o ganhador do mais importante prêmio da língua portuguesa em 2019, porém o ex-presidente Jair Bolsonaro se recusou a assinar a documentação necessária para que o artista pudesse receber o diploma.

“Essa entrega é simbólica porque representa a vitória da democracia. Chico Buarque é um artista de uma envergadura tremenda, pela história, por tudo que já produziu, tanto na música, quanto na literatura. Ser testemunha, participar enquanto ministra desse momento depois de sofrermos uma tentativa de golpe recente no Brasil e do desmonte da cultura nesses últimos quatro anos, é motivo de festa”, disse a ministra

Compõem a comitiva do Ministério da Cultura o secretário de Formação, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, o presidente da Fundação Biblioteca Nacional Marco Lucchesi, a presidenta da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella, a secretária de Audiovisual, Joelma Gonzaga, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.

Acordo audiovisual

No sábado (22), a ministra Margareth Menezes se encontra com o ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva, no Centro Cultural de Belém. No mesmo dia, participa da Cimeira Brasil-Portugal e assina o acordo de cooperação entre o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), para o fomento à coprodução cinematográfica.

O texto que será assinado estabelece as bases para o lançamento de editais binacionais pela Ancine e pelo ICA que contemplam projetos de coprodução internacional entre produtoras brasileiras e portuguesas, cujas nacionalidades deverão ser reconhecidas no Acordo de Coprodução Cinematográfica Brasil – Portugal. As propostas deverão ser de longa-metragem de ficção, animação e documentário.

Ancine aporta recursos a projetos minoritários brasileiros e o ICA aporta recursos a projetos minoritários portugueses. Os projetos são selecionados por uma comissão binacional.

Prêmio Camões

O Prêmio Camões de Literatura foi criado em 1988 com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum. É considerado o mais importante prêmio da língua portuguesa, contempla anualmente autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP. O ganhador do prêmio recebe 100 mil euros, metade desse valor é subsidiado pela Fundação Biblioteca Nacional, entidade vinculada ao Ministério da Cultura.

“O Prêmio Camões é uma das grandes conquistas do diálogo entre os países da língua portuguesa. Significa uma construção histórica, um aprofundamento do diálogo em uma perspectiva de espelho em que todos os países com as suas comunidades distintas e diversas se reencontram nesse mesmo olhar que amplia o horizonte do diálogo. É uma conquista extremamente forte e representa uma espécie de Nobel da língua portuguesa não só por todos aqueles que receberam África, os países africanos, Brasil e Portugal, mas também pela alta qualidade de seus jurados. Portanto, o Prêmio Camões é uma proposta que avança além das fronteiras e, no fundo, a partir da literatura promove a cultura do diálogo e da paz”, ressaltou o presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi.

Matéria enviada pela assessoria da Ministra

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