Em 2022, foram 21.046 no período Governo do Estado de São Paulo iniciou campanha de Prevenção
O número de acidentes envolvendo escorpiões subiu 13% este ano em comparação com o ano passado. A Secretaria de Estado da Saúde registrou 24.212 casos de janeiro ao fim de julho, ante 21.046 no mesmo período de 2022. A média este ano é de 102 casos por dia. Já o número de mortes por picada de escorpião é igual nos dois períodos: quatro óbitos. Durante todo o ano passado, foram registradas 43.822 ocorrências e 11 mortes. Os ataques de escorpiões costumam aumentar a partir de setembro, devido a mudanças de temperatura que trazem calor e umidade, favorecendo a reprodução dos aracnídeos. Para prevenir os riscos, a secretaria iniciou na segunda-feira uma semana de campanha de prevenção à picada do escorpião em todo o Estado. Em Piracicaba, no interior, agentes de saúde entregam material educativo em casas. “Os agentes estão dando preferência às casas com crianças menores de 12 anos, que são as principais vítimas. Também estamos indo às escolas”, disse o secretário de Saúde, Douglas Koga. A campanha vai até hoje. Um óbito deste ano, no último dia 12, foi da menina Jamily Vitoria Duarte, de 5 anos. Após a picada, ela foi levada à Santa Casa, mas não resistiu. Em 28 de julho, outra criança, Emanuelly Silva, de 4 anos, morreu também após ser picada no pé, em Severínia, norte paulista. Em Jacareí, após seguidas aparições de escorpião em calçadas do bairro Vila Branca, em julho, os moradores se uniram para comprar um galo por R$ 80 para controlar a praga. Eles também conseguiram algumas galinhas para fazer companhia à ave, apelidada de “Mortadela”. Os galos são predadores naturais do aracnídeo. A prefeitura diz manter busca ativa de animais peçonhentos em todo o município. HOSPITAL INFESTADO. Na capital paulista, pacientes e vizinhos denunciaram, na semana passada, uma infestação de escorpiões no Hospital Municipal Waldomiro de Paula, em Itaquera, zona leste. Uma mulher disse ter encontrado um escorpião na cama do filho, internado na unidade. Não houve registro de picadas. Na última sexta, 25, uma equipe da prefeitura dedetizou a área. A Prefeitura informou que o controle de escorpiões respeita normas do Ministério da Saúde, que incluem vistoria, captura do aracnídeo e adoção de medidas preventivas. Os animais capturados são encaminhados vivos ao Instituto Butantan para a produção de soro antiescorpiônico. Segundo a veterinária Roberta Spínola, diretora da Divisão de Zoonoses da Secretaria de Saúde, a alta de 13% nos casos de acidentes com escorpiões no Estado pode ter sido favorecido pelo inverno mais quente, mas tem maior relação com os meses mais quentes e úmidos do início do ano.
Matéria de Adriano Marques -Adriano Quinda - Felipe Dona e Fotos Isaias Dutra gazeta Paulista
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